Jornada DevOps - Curso Udemy
Intro
Pilares:
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Cultura: colaboração, transparência, confiança…
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CI/CD: Integração/Entrega/Implantação Contínua
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Microsserviços: APIs, Infrastructure as Code, releases de baixo risco, injeção de falhas (para testar resiliência).
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Pipeline de Implantação: automação de testes, TDD.
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Revisão de Código: pair programming, gestão de mudança e segurança contínua.
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Telemetria: experimentação, feedback contínuo, testes A/B.
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Lean: Scrum, definição de pronto, kanban, XP, kata, teoria das restrições.
É mencionado o livro “Toyota kata”, como a Toyota consegue disseminar o conhecimento tácito para suas equipes.
Conceitos Básicos
O que é DevOps?
É um movimento que estimula a colaboração e comunicação entre a área de Desenvolvimento e Operações. Além da colaboração é importante que existam ferramentas de automação para que haja entrega frequente de software com estabilidade e segurança.
Fundamenta-se em Lean, Agilidade e Automação.
DevOps CALMS
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C - Culture: respeito às pessoas, criar pontes entre Dev e Ops, aceitar mudanças.
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A - Automation: integração e entrega contínua, infra como código, pipeline de implantação, orquestração.
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L - Lean: valor para o cliente (o que não tem valor para o cliente deve ser descartado), lotes pequenos, fluxo contínuo, reduzir WIP e lead time.
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M - Measure: telemetria, controle, melhorias.
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S - Sharing: colaboração, feedback, boa comunicação, transparência.
Linha do Tempo: do Lean ao DevOps
DevOps é uma evolução natural do Manifesto Ágil (que aplica vários princípios do Lean).
- 1950-60 - Sistema Toyota de Produção e Kanban (Taiichi Ohno).
- 1990 - Lean, no livro “A Máquina que Mudou o Mundo (Womack e Ross).
- 1990-96 - Scrum (Jeff Sutherland e Ken Schwaber) e XP (Ken Beck).
- 1996 - “Pensamento Lean” (Womack e Jones).
- 2001 - Manifesto Ágil
- 2006 - “Entrega Contínua” (Jez Humble e David Farley)
- 2008 - Conferência Ágil: “Princípios ágeis na infraestrutura” (Patrick Debois e Andrew Shafer)
- 2009 - Conferência Velocity: “10 implantações por dia: Cooperação Dev e Ops no Flicker” (Jon Allspaw e Paul Hammond); primeiro DevOps Day na Bélgica (Patrick Debois)
- Surge o termo DevOps CALMS (John Willis e Jez Humble).
Lean
- Iniciado na Toyota.
- Filosofia que respeita as pessoas.
- Valor para o cliente e elimina desperdício.
- Visita ao Gemba (“o local onde as coisas ocorrem”), Andon, fatos e dados.
- Foco na causa dos problemas.
Gemba
É uma palavra japonesa que se refere ao local real onde as coisas acontecem/são produzidas.
Todos devem ir ao gemba com frequência para conhecer o “chão de fábrica”.
Evita suposições e cria empatia entre as pessoas.
Corda de Andon
“Se falhar, puxe a Corda de Andon.”
É sobre dar confiança e autonomia para os colaboradores. Se eles encontrarem algo de errado, isso deve ser comunicado tão breve quanto possível para evitar de o problema ser propagado.
Manifesto Ágil
Descobrir maneiras melhores de desenvolver software, fazendo-o nós mesmos e ajudando outros a fazerem o mesmo.
Os 12 Princípios - http://agilemanifesto.org/principles.html
- A maior prioridade do time é satisfazer o cliente…
- Aceitar mudanças de requisitos, mesmo no fim do desenvolvimento…
- Entregar software funcionando com frequência…
- Pessoas relacionadas à negócios e desenvolvedores devem trabalhar em conjunto e diariamente…
- Construir projetos ao redor de indivíduos motivados…
- O método mais eficiente e eficaz de transmitir informações para, e por dentro de um time, é através de uma conversa cara a cara.
- Software funcional é a medida primária de progresso.
- Processos ágeis promovem um ambiente sustentável… (passos constantes)
- Contínua atenção à excelência técnica e bom design aumenta a agilidade.
- Simplicidade: a arte de maximizar a quantidade de trabalho que não precisa ser feito.
- As melhore arquiteturas, requisitos e designs emergem de times auto-organizáveis.
- Em intervalos regulares o time reflete em como ficar mais efetivo…
Ciclos de Vida
Tradicional ou Preditivo
Negócio -> Desenvolvimento -> Operação -> Cliente
Usado por muito tempo mas hoje em dia, com o ambiente mudando constantemente, não faz mais sentido.
O produto tem que passar pela fase de planejamento com a equipe de Negócio. Em seguida para a equipe de Desenvolvimento implementar. Em seguida a equipe Operação coloca em produção, para só então entregar valor para o cliente.
Demora-se muito tempo para entregar valor ao cliente.
O tempo gasto com planejamento excessivo pode tornar o produto não mais necessário (algum concorrente já saiu na frente ou o cliente já mudou de ideia).
Ágil ou Adaptativo
Negócio+Desenvolvimento+Testes -> Operação -> Cliente
Agiliza a comunicação nas primeiras fases do projeto, mas ainda há um gargalo quando a equipe de Operação precisa colocar em produção.
Equipe de Operação ainda fica a parte, e portanto ainda gerando conflitos/demoras.
DevOps
Negócio+Desenvolvimento+Testes+Operação -> Cliente
Nesta configuração é mais rápido entregar valor ao cliente, mesmo que em pequenas doses. Isso permite coletar feedback rapidamente e prontamente se adaptar.
Origem dos Conflitos
“O Financeiro só quer cortar custos.”
“O Marketing só pensa em gastar.”
“A Auditoria engessa o processo.”
“Os meninos da TI não resolvem os problemas.”
“O RH deveria olhar pelos funcionários.”
“O pessoal do QA deveria pegar esse erro.”
Cultura Colaborativa
empatia + automação = cultura colaborativa
Criatividade para inovar mantendo estabilidade do ambiente.
Ferramentas DevOps
OBS.: a prova EXIN não cobra ferramentas, pois estas mudam constantemente.
https://digital.ai/periodic-table-of-devops-tools
A má implementação ou excesso de customização pode destruir uma ótima ferramenta. Incentive a opinião das equipes no “chão de fábrica”.
State of DevOps Report
“State of DevOps Report” é um documento que vale a pena conferir para entender para onde que o mercado está indo.
Benefícios:
- frequência de deploy.
- lead time (tempo de entrega de ponta a ponta, desde o pedido até a entrega)
- redução de downtime
Integração Contínua
Controle de versão
-> Compilação
-> Testes e análise de código (feedback/correção imediatos em caso de problemas)
Codificação e testes no ambiente dos desenvolvedores.
O instrutor menciona que o SONAR pode ser utilizado para testes
Entrega Contínua
Integração Contínua finalizada
-> Deploy em Homologação
-> Testes e análise de código (feedback imediato em caso de falha)
-> Pronto para deploy em produção
- Tanto código quanto infraestrutura estejam prontos para implantar com segurança.
- Deploy automatizado nos ambientes que antecedem a produção para inspeção final e novos testes.
- O deploy em produção é manual (só “apertar um botão”).
Implantação Contínua
Integração Contínua finalizada
-> Deploy em Homologação
-> Testes e análise de código (feedback imediato em caso de falha)
-> Deploy automático em produção
A única diferença da Entrega Contínua é que o deploy não depende de intervenção humana. É necessário avaliar se o deploy contínuo faz sentido para o produto sendo desenvolvido.
Relação entre Integração, Entrega e Implantação
Integração Contínua -> Entrega Contínua -> Implantação Contínua
english:
Continuous Integhration -> Continuous Release -> Continuous Deploy
Infraestrutura Ágil
É a aplicação dos princípios ágeis na infraestrutura.
Foco na infraestrutura como código:
- Gerência e provisão de ambientes automaticamente.
- Tudo fica centralizado no controle de versões.
- Nuvem/virtualização é a base e existem ferramentas para otimizar (puppet, docker, chef, ansible, etc).
Kata
Toyota Kata
- Criação de uma estrutura para a prática habitual de melhoria.
- A prática diária e que melhora os resultados.
- Ciclo de estados futuros, resultados-alvos semanais e melhoria contínua do trabalho diário.
- Bastante utilizado na Toyota com foco em pequenas ações e experimentação.
Entender a condição atual <-> Estabelecer a próxima condição-alvo <-> PDCA na direção da condição alvo
(não entendi muito bem, acho que precisarei pesquisar mais sobre o Toyota Kata)
Trabalho em Andamento (wip)
Muitos WIP acarreta em desperdício de tempo.
[Conforme foi mencionado em uma palestra do Scott Hanselman: perde-se muito tempo com troca de contexto.]
- Muito WIP é um anti-valor, sob forma de potencial retrabalho, já que pode haver alterações enquanto o trabalho está em andamento.
Quadro Kanban: produção puxada e WIP
Débito Técnico
Se o débito técnico não for resolvido vira uma bola de neve.
Entropia: por mais que um software seja bem feito, com o tempo ele vai se deteriorando.
- Não resolver erros na origem leva a problemas cada vez mais difíceis de corrigir com o passar do tempo.
- Reduz a performance da equipe e aumento o TCO (Custo Total de Propriedade).
- Os objetivos conflitantes das áreas Dev e Ops contribuem para o aumento do débito técnico.
Classificação de débito técnico: Martin Fowler
- Irresponsável e proposital: não há tempo para o design e utiliza uma solução rápida sem qualidade.
- Prudente e proposital: entrega do produto com limitações conhecidas e os riscos são assumidos.
- Irresponsável e sem querer: o time desconhece as técnicas e não sabe a bagunça que está criando.
- Prudente e sem querer: há uma solução que agrega valor ao negócio, mas depois de completar a solução verifica-se que a arquitetura poderia ter sido melhor.
Como resolver débito técnico?
Reservar 20% do tempo da equipe somente para refatoração.
Causas do débito técnico:
- ausência de testes
- requisitos não estão claros
- documentação pobre
- pouco foco em refatoração
- equipes não colaborativas
- conflitos de interesse
- pressão de chefes e áreas de negócio
Fluxo de Valor
O conceito de valor é subjetivo e nem sempre está associado à dinheiro.
- Fluxo de valor: concretiza uma necessidade em um produto ou serviço para entrega de valor ao cliente.
- Mapeamento: como o processo funciona para entrega de valor ao cliente e identifica gargalos ou desperdícios.
Lead Time, Tempo de Processamento e % de Conclusão e Precisão
Lead time: tempo do pedido de uma nova funcionalidade pelo cliente até a entrega desta funcionalidade.
solicitação -> início do trabalho -> entrega
O tempo do início do trabalho até a entrega é chamado de “tempo de processamento”. Neste caso o tempo que o trabalho ficou na fila não é contabilizado.
Percentual de Conclusão e Precisão (Correto e Completo):
Sucesso no DevOps depende do uso correto da Integração e Entrega Contínua
http://cio.com.br/gestao/2018/04/09/o-segredo-para-o-sucesso-do-devops/
Cinco atividades que compõem o DevOps:
- Integração Contínua
- Entrega Contínua
- Infraestrutura de Nuvem
- Automação de Testes
- Gerenciamento de Configuração
Integração contínua e entrega contínua são os pilares mais difíceis de dominar.
Principais armadilhas:
- Automatizar os processos errados.
- Perguntas a serem feitas:
- Será que isso precisa ser automatizado agora?
- Com que frequência o processo ou cenário é repetido?
- Quanto tempo dura o processo?
- Quais pessoas e dependências de recursos estão envolvidos no processo? Eles estão causando atrasos na CI/CD?
- O processo é sujeito a erros se não for automatizado?
- Confundir implantação contínua com entrega contínua.
- A equipe de Scrum pode criar um painel antes mesmo dos que os membros saibam o que precisam rastrear. Como resultado a equipe cai vítima de uma falácia lógica: “Estas são as métricas que temos, devem ser importantes”.
- Quando liberar o código-base para a produção é uma decisão de negócios.
- Não ter dashboards e métricas significativas.
- Muitas vezes o membro da equipe mais vocal sequestra o processo, e os outros se sentem frustrados com um painel que reúne apenas as preferências de uma pessoa. Ouça a todos.
- Faltar coordenação entre a CI e CD.
- A implementação de um pipeline CI decente e um sistema de CD completo leva meses e requer colaboração e garantia de qualidade da equipe de DevOps, engenheiros de operação, Scrum masters, etc. Talvez o aspecto mais difícil da CI/CD é este fator humano. Assim como não é possível programar um relacionamento saudável entre duas pessoas, não é possível automatizar colaboração e comunicação.
- Balancear a frequência de execução e trabalhos de CI e a utilização de recursos
- Trabalhos de CI desnecessários consomem recursos, o que desperdiça tempo e dinheiro.
- O software deve ser dividido em componentes menores para criar pipelines mais rápidos em execução. Ou os trabalhos de CI devem ser concebidos para checkins por lote.
Manter o objetivo à vista
CI/CD é essencial pois atende aos objetivos de negócio. DevOps pode criar uma experiência de trabalho melhor para a equipe, mas não é por isso que as empresas implementam DevOps.
As 3 Maneiras
- Fluxo
- Feedback
- Aprendizado e Experimentação
1. Fluxo
Objetivo: acelerar o fluxo dos desenvolvedores para a operação.
Princípios:
- Tornar o trabalho visível (kanban).
- Reduzir o tamanho dos lotes e intervalos.
- Aplicar teoria das restrições e otimizar o fluxo (descobrir o gargalo).
- Remover desperdícios e foco no cliente.
- Reduzir o número de transferências (handoff).
- Incorporar qualidade na origem.
- Limitar o trabalho em andamento, aka WIP. (troca de contexto causa perda de tempo/energia)
- Infraestrutura como código e self-service.
- Integração, entrega e implantação contínua.
- Testes automatizados e TDD.
- Arquitetura e releases de baixo risco.
2. Feedback
Objetivo: obter feedback o mais rápido possível em todos os estágios do fluxo de valor.
Princípios:
- Ver problemas quando e onde ocorrem (“ir ao gemba”).
- Aglomerar (envolver toda a equipe) quando problema aparece (“corda de Andon”)
- Qualidade próxima da fonte (menos aprovações).
- Telemetria self-service e irradiadores de informação disponível para todos.
- Desenvolvimento por hipóteses e testes A/B.
- Equipes de Dev e Ops compartilham o trabalho diário e plantões de suporte 24 x 7 (quando der um incidente chame os dois).
- Revisão de código: pair programming, sobre os ombros, divulgação
3. Aprendizado e Experimentação
Objetivo: Cultura de alta confiança que permite correr riscos e potencializar o aprendizado contínuo.
Errar rápido, aprender rápido, evitar o mesmo erro novamente.
Princípios:
- Cultura justa e segura para aprender com erros (post-mortem).
- Injeção de falhas na produção para aumentar resiliência.
- Converter descobertas locais em melhorias globais.
- Reservar tempo para melhorar o trabalho diário (kata e blitz de melhoria).
- Reunião post-mortem sem culpa (relacionado com item 1).
- Instituir dias de jogos para ensaiar falhas.
- Difundir conhecimento usando testes automatizados como documentação.
Sistemas de Registro e Engajamento
(Gartner) TI bimodal é dividida em 2 tipos de sistemas:
- Registro: ERP, financeiro, RH, sistemas de informação.
- Engajamento: Sistemas voltados ao cliente ou funcionário (aplicativos, comércio eletrônico).
- Nos sistemas de registro, o mais importante é fazer as mudanças corretamente.
- Nos sistemas de engajamento, o mais importante é fazer as mudanças rapidamente.
Os autores do Manual DevOps consideram que os dois tipos de sistemas deveriam ter estabilidade e velocidade.
Aspectos Organizacionais
Lei de Conway
“O design do sistema sempre é uma cópia da estrutura de comunicação da organização.”
Na cultura DevOps, o objetivo é combater o que é dito nessa lei.
tipo de estrutura |
características |
resultados |
organizções hierarquizadas, comando e controle |
pouca colaboração e comunicação ineficaz |
Sistemas centralizados, processos engessados e lentidão de resposta ao mercado e clientes |
Organizações flexíveis e equipes com grande autonomia |
Forte colaboração e objetivos compartilhados |
Sistemas modulares, fluxo de valor efetivo e adaptabilidade para atender mercado e clientes |
[Achei as observações acima muito simplórias e tendenciosas de forma a parecer que “hierarquia causa burocracia, falta de colaboração e lentidão”. No entanto, na minha visão de DevOps, nas ditas “organizações flexíveis”, toda essa autonomia e flexibilização só existe porque grande parte da burocracia é automatizada.]
Minimizando os efeitos da lei de Conway
- Manter um time pequeno [squad?]
- diminui a quantidade de canais de comunicação
canais = (n^2 - n) / 2
- Incentivar que todos os participantes sintam-se proprietários pelo resultado final entregeue ao cliente.
- Você implementa, você executa.
- Apelido criado pela Amazon: “equipe duas pizzas”.
- Uma equipe em que apenas 2 pizzas seja suficiente para alimentar a todos.
Benefícios das equipes pequenas
- Entendimento claro do sistema que está trabalhando, e evita problema de comunicação.
- Limita a velocidade de crescimento desordenado do sistema e ajuda a garantir que a equipe mantenha um entendimento compartilhado.
- Concede autonomia para as equipes definirem a forma de trabalho para entregar o resultado combinado.
- Possibilita experiência de liderança em um ambiente onde a falha não tem consequências desastrosas.
Estrutura flexível potencializa DevOps
Gestão Clássica |
Gestão de Fluxo de Valor |
informação restrita a poucos (silos) |
informações compartilhadas (interfaces) |
foco maior nos departamentos |
foco nos objetivos dos processos |
pouco foco no cliente |
foco nos clientes dos processos |
comunicação é vertical |
comunicação é transversal |
delegação de autoridade limitada |
alto grau de empoderamento |
visão restrita à tarefa departamental |
visão macro e organizacional |
processos podem não agregar valor |
melhoria contínua nos processos |
estruturado nas habilitações e poderes |
estruturado no modo de fazer o trabalho |
Papéis DevOps
- Dono do Produto: a voz interna da empresa que define as funcionalidades
- Desenvolvimento: criar as funcionalidades dos aplicativos
- QA: realiza loops de feedback para garantir qualidade
- Operações: manter o ambiente de produção e alcance do SLA (?)
- Segurança: manter segurança de sistemas de dados
- Gerente de Release: administrar e coordenar a implantação em produção
- Gerente de fluxo: garantir que alcance os requisitos do cliente
Etapas DevOps
- equipe dedicada: coloque em um espaço físico separado os melhores generalistas
que tenham uma relação respeitosa e de longa data
- metas SMART
- sprints curtos
- requisitos não funcionais: reservar pelo menos 20% do ciclo de melhoria para reduzir dívida técnicoa.
- visibilidade: divulgar evolução das melhorias
- ferramentas: backlog unificado
Perfis I, T e E
I:
- especialista em uma única área
- cria gargalo
- impedem flexibilidade
- ruim para um time DevOps
T:
- especialista com um “quê” de generalista
- habilidades em outras áreas
- flexível
E:
- Experiência, Expertise, Execução, Exploração
Integração Ops e Devs
- Criar serviços compartilhados para aumentar a produtividade do desenvolvedor:
- self-service, sem ticket de solicitação
- Incorporar engenheiros de Ops nas equipes de serviço
- Ops ter ligação com cada equipe de serviço para entender:
- qual funcionalidade do novo produto
- como opera e escalabilidade
- monitoramento e métricas
- desvios arquiteturais e padrões
- Integrar Ops nos rituais de Dev
1a. maneira: Fluxo
Conteúdo:
- pipeline de implementação
- testes automatizados
- integração contínua
- release de baixo risco
Pipeline de Implementação
Fonte: livro “Continuous Delivery”
- É o processo de automação do fluxo de valor que leva o software do
controle de versão até o ambiente de produção (cliente).
- Principal objetivo: feedback rápido para todos.
- Correção “imediata”.
Exemplo de Ferramenta: Jenkins
Mudanças se movendo no pipeline:
Equipe de entrega -> controle de versão -> testes unitários -> teste de aceitação -> testes de aceitação do usuário -> entrega/release
Visão do Pipeline:
- Estágio de Commit:
- Garante que o sistema funciona em nível técnico.
- Compila, testes automatizados, análise de código.
- Se OK, gera artefatos no controle de versão.
- Testes de aceite automatizado:
- Garante o sistema OK (funcional e não-funcional): comportamento atende às necessidades do cliente.
- Configuração do ambiente, instalação de binários, smoke tests, testes de aceitação.
- Testes do aceite do usuário:
- Detecta defeitos não encontrados.
- UAT (User Acceptance Testing).
- Recomendado fazer testes em paralelo.
Benefícios do Pipeline:
- testes contínuos e feedback rápido.
- implantações em produção tornam-se parte rotineira do trabalho diário.
- autonomia para a equipe desenvolver, testar e implementar com segurança.
Requisitos para o Pipeline:
- implementar da mesma forma em todos os ambientes.
- testes de fumaça: confirmar se conexão com sistemas de apoio está OK (banco de dados, APIs externas).
- garantir ambientes consistentes e sincronizados.
Capacidades do Pipeline:
- implantação em produção do pacote criado com um click self-service.
- requisitos de auditoria e conformidade, registrar automaticamente quais comandos foram executados.
- teste de fumaça
Infraestrutura como Código
- Código e configurações dentro do controle de versão.
- Criação automatizada e sob demanda (self-service) em todos os ambientes.
- Todos os estágios do fluxo de valor com ambientes iguais/semelhantes ao de produção.
- Infraestrutura imutável: foco em recriar todo o ambiente de produção de forma rápida em vez de realizar alterações.
Ferramentas:
- virtualização: VMWare, Vagrant, Amazon Machine EC2
- criação de servidor “bare metal”: instalação PXE via rede
- gerenciamento de configuração: Puppet, Chef, Ansible, Salt, CFEngine.
- configuração de SO automatizada: Solaris Jumpstart, Red Hat Kickstart, Debian Preseed.
- Containers: Docker, Vagrant
- Nuvem: AWS, GCP, Azure, DigitalOcean
Definição de Pronto
- Ágil tradicional: “ao final de cada intervalo de desenvolvimento temos código integrado, testado, funcionando e que pode ser entregue”
- DevOps adiciona:
- “demonstrado em um ambiente do tipo produção”
- “criado a partir do trunk com um processo de um click e validado com testes automatizados”
Controle de Versão
- Importante incluir informações do ambiente que o software é executado e deve ser compartilhado por todos do fluxo de valor: QA, Dev, Ops, Segurança.
- Todo o código do aplicativo e dependências devem estar presentes.
- Qualquer script usado para criar esquemas de BD, dados de referência de aplicativo, etc.
- Todas as ferramentas de criação de ambiente e artefatos usados na infra como código.
- Qualquer arquivo usado para criar containers.
- Todos os testes automatizados de apoio e quaisquer scripts de teste manual.
- Script de empacotamento de código, implementação, migração de BD e provisionamento de ambiente.
Remover Restrições
Teoria das Restrições: toda atividade tem uma restrição que mais salta aos olhos. É nesta restrição que devemos focar.
5 Passos para Remover Restrições:
- Identificar o gargalo
- Explorar as restrições
- Sincronizar o sistema à restrição
- Elevar a restrição
- Melhoria contínua
Exemplos
Restrição |
Ação |
Demorar para criar e configurar ambientes |
Infraestrutura como código |
Demora no deploy |
Automatizar deploys |
Demora para testar funcionalidades |
Automatizar os testes |
Arquitetura monolítica |
Usar arquitetura modular ou microsserviços |
Dica: Microsserviços potencializa DevOps
Desperdícios
Desperdícios que podem ser removidos:
Desperdício |
Descrição |
Trabalho parcialmente pronto |
Trabalho não concluído ou parado nas filas |
Processos extras |
Atividades desnecessárias para agregar valor ao cliente |
Recursos extras |
Funcionalidades que não agregam valor para o cliente |
Multitarefa |
Pessoas envolvidas em vários projetos e fluxos ao mesmo tempo |
Movimentação |
Movimento desnecessário |
Defeitos |
Retrabalho para corrigir erros |
Trabalho manual |
Atividade manual propensa a erros |
Ato heróico |
Esforço acima do normal para atingir meta |
Testes Automatizados
“Sem testes automatizados, quanto mais código escrevemos, mais tempo e dinheiro são necessários para testá-lo”
~ Gary Gruver
- Testes apenas no final do desenvolvimento tiram oportunidade de aprendizado e impactam a entrega de valor.
- Fundamental adicionar ao pipeline de implementação.
- Para agilizar, é possível executar testes em paralelo
Tipos de Teste:
- Teste Unitário
- testa um única método, classe ou função.
- Teste de Aceitação
- testa como um todo e maior nível de funcionalidade
- testa se foram introduzidos erros de regressão
- objetivo: provar que o software funciona de acordo com a visão do cliente
- Teste de Integração
- garantir que o código interage corretamente com outros aplicativos e serviços em produção
Importante para a prova
- priorizar os testes unitários
- feedback imediato -> correção na origem
Pirâmide de teste ideal:
Pirâmide de teste não-ideal:
TDD: Test-Driven Development
- Vermelho: escreve o teste (que irá falhar)
- Verde: Implementa o suficiente para passar
- Amarelo: Refatora com otimizações
Ambiente de Desenvolvimento
Estratégias de branching
Estratégia |
Vantagens |
Desvantagens |
Produtividade individual |
Projeto privado que não atrapalha outras equipes |
Merge no final do projeto gera muitos problemas |
Produtividade da equipe |
Fila única com todos trabalhando no trunk e commit frequente. Não há o estresse de merge no final do projeto |
Difícil de implantar e cada commit pode quebrar o projeto inteiro. Deve-se puxar a corda de Andon para que todos ajudem na correção. |
Dívidas Técnicas
- Erros não corrigidos aumentam dívida técnica.
- Código sem padrão.
- Código sujo.
- Teste ineficaz.
- Bugs escondidos.
- Dificulta entrega de qualidade ao cliente do fluxo de valor.
Dicas:
- Desenvolvimento baseado no trunk.
- Infraestrutura como código.
- Testes automatizados.
- Integração contínua e lotes pequenos.
- Blitz de melhoria.
- Feedback imediato e aprendizado contínuo.
Release de Baixo Risco
Momentos diferentes:
Implantação -> Liberação
inglês: Deploy -> Release
Categorias de Liberação
- Baseada no ambiente:
- há 2 ou mais ambientes e apenas um fica ativo para os clientes.
- Baseada no aplicativo (recomendado)
- Novas funcionalidades de forma seletiva usando configurações simples.
- Usar feature flags.
Baseadas no Ambiente
Release Azul-Verde
- Dois ambientes, um ativo e o outro em stand-by.
- Novas alterações podem ser implantadas no ambiente stand-by e em seguida o tráfego é direcionado para ele.
- É o tipo mais simples de release de baixo risco.
- É um problema se forem necessárias duas versões de BD.
Release Canário
- Dois ambientes, um ativo e o outro stand-by.
- Um deles receberá as novas features e parte do tráfego de usuários (10%) e aumenta gradativamente.
- O sistema imune a cluster é uma variação do Canário e permite reverter o deploy automaticamente quando ocorre falha em produção (ex.: monitoramento indicando maior tempo de resposta).
Baseadas no Aplicativo
Alternância de Recursos
- Liga/desliga recursos da aplicação de acordo com critérios definidos (ex.: funcionários, localidade).
- Feature flag
- Lançamento escuro: implantação sem o usuário perceber.
Benefícios do release baseado no aplicativo:
- Permite reverter facilmente quando ocorrem problemas.
- Degradar o desempenho: reduzir qualidade do serviço quando existe risco de falha em produção (Netflix: retira algumas funcionalidades quando há risco de queda de alguns microsserviços).
- Aumentar resiliência com arquitetura voltada a serviços: permite ocultar recursos ainda não prontos ou com defeito.
Arquitetura de Baixo Risco
Uma arquitetura de baixo risco é baseada em microsserviços, no entanto envolve um custo em conhecimento na equipe.
Microsserviços x Monolito
Microsserviços: Funcionalidades em serviços independentes
Aplicação Monolítica: Funcionalidades ficam em processo único.
Arquitetura |
Vantagens |
Desavantagens |
Monolítica |
Inicialmente simples, baixa latência entre processos (não depende de rede), eficiente em pequena escala |
Fraca escalabilidade e redundância, longo período de build, implantação “big-bang”. |
Microsserviço |
Cada unidade é simples, escalonamento independente, teste/implantação independente, facilita visão por produto (cada squad é responsável por um pedaço da aplicação) |
Latência de rede, precisa de ferramentas para gerenciar dependências. |